Empresas listadas com dívida superior ao EBITDA desconhecem juros de 3% a.a.
Os desafios enfrentados por empresas de grande porte na busca por financiamento adequado para suas operações são inúmeros. Tais empresas buscam constantemente alternativas rentáveis e viáveis para manterem suas operações produtivas e rentáveis.
No atual cenário financeiro brasileiro, uma dessas alternativas está nos órgãos de fomento como o BNDES Programa Mais Inovação e a FINEP Apoio Direto, que dispõem de taxas de juros significativamente mais baixas que as opções mais comuns de endividamento no mercado financeiro.
Com base em dados do Banco Central do Brasil, as taxas de juros médias para empréstimos bancários às empresas de grande porte orbitavam de 11,21% e 13,49% ao ano, para empréstimos pré-fixados e pós-fixados, respectivamente, no último exercício.
Além dos empréstimos bancários, uma outra opção popular de financiamento são as debêntures. Por natureza, as debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto com o objetivo de levantar capital.
Os juros pagos sobre as debêntures variam de empresa para empresa e de acordo com o vencimento e as condições de emissão de cada operação. Por exemplo, vemos taxas como da UNIPAR INDUPA pagando CDI + 4,9% ao ano (quase 18% a.a.) em debêntures de R$ 300 milhões com vencimento em 2028, o mesmo que paga a CPFL por debênture com vencimento em 2025, COPEL, CDI + 4,7% a.a., e até mesmo SABESP, CDI + 4,8%. Todas elas com abertas ao pagamento de quase 18% de juros por ano.
Comparando tais juros com os oferecidos por órgãos de fomento como FINEP e BNDES dentro do Programa Nova Indústria Brasil- que são de cerca de 3% ao ano – fica claro que há mais de uma alternativa exponencialmente mais econômicas para as empresas na captação de recursos ainda um tanto inexplorados.
Para ilustrar como o financiamento acessível é necessário para as empresas, dados da Economatica revelam que, em 30 de setembro de 2023, 280 empresas listadas na B3 tinham dívida líquida superior a 1x EBITDA. Isso equivale a 29,51% do total de empresas listadas na bolsa de valores que possuem volume de dívidas acima da capacidade de geração de riqueza de um ano.
É importante frisar que, embora as alternativas tradicionais de financiamento possam ser apropriadas em certos cenários, dependendo da necessidade da empresa, as opções oferecidas por órgãos de fomento podem apresentar vantagens significativas em termos de custos.
A adoção desses tipos de financiamento baratos e eficientes pode molhar drasticamente o cenário financeiro dessas empresas, democratizando o acesso aos recursos necessários para garantir a expansão e a saúde financeira das organizações.
De fato, o ciclo burocrático para lograr sucesso neste tipo de empreitada junto a BNDES e FINEP chegam a gerar dissabores nos mais experientes CFO´s, mas há alternativas no mercado, que combinam consultoria e tecnologia, como as soluções oferecidas pelo GT Group, que viabilizam a tomada desse tipo de recursos num espaço de 6 meses.
Em suma, as empresas de grande porte devem sempre estar cientes de todas as oportunidades de financiamento disponíveis. Isso inclui entender as opções oferecidas por órgãos de fomento, que, com taxas de juros mais baixas, podem ser uma alternativa atrativa na busca por um endividamento mais sustentável e economicamente viável.
Portanto, é fundamental que essas empresas procurem assessoria de qualidade para compreender todas as opções à disposição, garantindo assim escolhas financeiras inteligentes, contínuas e eficientes no longo prazo.
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