Trabalhar com processos de inovação exige uma interessante capacidade dos profissionais e das empresas em transformar ideias em negócios. Uma inovação para ser considerada como tal, precisa solucionar dois desafios: ser uma novidade e ser usual.
Em outras palavras, precisa ter alguma originalidade e precisa ser adotada por usuários, pois resolve alguma “dor”. Afinal de contas, não faria muito sentido inventar algo novo se o mercado não absorver tal novidade. Sobre essa novidade, ela pode ser, dentro de muitas outras possibilidades, um produto, um serviço, um processo, e inclusive um novo hábito ou comportamento.
Algumas ferramentas modernas de gestão da inovação podem potencializar as possibilidades de transformar ideias em realidade e a sua captura de valor. Dentre elas uma das mais difundidas é o design thinking, atestada por empresas como Google, Apple e Samsung e por renomadas escolas de negócios como, Stanford, Harvard e Imperial College London.
O design thinking é um processo não-linear e iterativo no qual você busca entender seus usuários, desafiar suposições, redefinir problemas e criar soluções inovadoras que você possa prototipar e testar. O seu maior foco é criar soluções apropriadas para pessoas.
Temos muitos problemas para serem resolvidos no mundo moderno, por exemplo, problemas de ordem econômica, política e tecnológica. Muitos profissionais, foram treinados para resolver problemas, das mais diversas tipologias, mas a questão é: Estamos resolvendo os problemas certos? Será que realmente temos que resolver o problema que as empresas estão pedindo para resolver?
A grande questão é que na maioria das vezes discutimos o problema a partir dos sintomas, e inclusive resolvemos eles a partir deste ponto, contudo precisamos entender de fato qual é a causa real e atuar nela, compreender como as variáveis estão conectadas e fazer simples e pequenas intervenções em busca de mudar resultados a partir da experimentação, aprendizado e novas modificações.
O design thinking pode ser usado de diversas formas, a mais tradicional e simples envolve as etapas de identificação das dores, ideação, desenvolvimento e implementação. Uma maneira de utilizá-la é através do duplo diamante (veja imagem abaixo) com inúmeras sessões de brainstorming e outras técnicas de geração de ideias, até entendermos qual é a causa real do problema (dor) e a melhor solução a ser desenvolvida. Envolve um processo de divergir, convergir e depois novamente divergir e convergir.
Processo do duplo diamante. Fonte: Design Council, 2021
A solução deve vir de times multidisciplinares, com diferentes visões, culturas, crenças, valores, experiências e perspectivas sobre o problema a ser resolvido, e juntos buscarem soluções mais apropriadas para PESSOAS. Não adianta achar que possui a resposta se as pessoas afetadas não entenderem e acreditarem que de fato é uma solução, as pessoas afetadas precisam fazer parte da solução!
Aqui na GT, nós exercitamos o design focado no usuário o tempo todo, a nossa plataforma de gestão da inovação possui um amplo leque de serviços que podem impulsionar a inovação dos nossos clientes, oferecendo sempre soluções baseadas nas melhores práticas internacionais que alinham as aspirações da empresa com as suas capacidades.
Referências
COUNCIL, Design. What is the framework for innovation? Design Council’s evolved Double Diamond. Design Council, 2021.
KELLEY, Tom; KELLEY, David. Creative confidence: Unleashing the creative potential within us all. Currency, 2013.
NORMAN, Donald A. Living with complexity. MIT press, 2016.
